Exames

Exames auditivos e vestibulares realizados na Clinica Cóser de Otorrinolaringologia

1. Audiometria Tonal Liminar

– Mede a intensidade mais fraca necessária para detectar cada frequência testada.

2. Pesquisa de Limiar de Discriminação (Discriminação-IPRF)

– Mede o máximo que se consegue entender de silabas na melhor intensidade.

3. Pesquisa de Limiar de Inteligibilidade (SRT- LRF)

– Mede a intensidade mais fraca possível para detectar a fala.

4. Impedanciometria (Imitanciometria)

– Mede a pressão do ar da orelha média e os níveis em que ocorrem os reflexos estapedianos.

5. Audiometria Infantil (Audiometria Condicionada-VRA)

– Audiometria tonal e/ou vocal adaptada à criança.

6. Exame dos Pares Craneanos

– Anamnese e exame físico do paciente que faz exame do labirinto e conexões.

7. Videonistagmoscopia infravermelha (Vídeo Frenzel)

– Pesquisa o nistagmo de posicionamento monitorado por videoscopia.

8. Vectoeletronistagmografia Computadorizada

– Avalia motricidade ocular voluntária e reflexa ao estímulo do canal lateral (NERVO VESTIBULAR SUPERIOR).

9. Potencial Miogênico Evocado Vestibular Cervical e Ocular (cVEMP e oVEMP)

– Avalia reflexo sáculo-cólico (NERVO VESTIBULAR INFERIOR) e utrículo-ocular (NERVO VESTIBULAR SUPERIOR).

10. Potencial Evocado Auditivo do Tronco para diagnóstico (BERA-PEATE)

– Avalia funcionamento coclear, neural e de tronco encefálico.

11. Eletrococleografia (ECoG)

– Avalia funcionamento da cóclea, indica sinais de hidropisia endolinfática, complementa o BERA-PEATE.

12. Potencial Auditivo Cognitivo (P300)-

– Avalia áreas corticais importantes na compreensão da fala.

13. Potencial Evocado Auditivo de Longa Latência (LLR)

– Complementa a avaliação pelo P300, útil para prever limiar auditivo em casos especiais.

14. Potencial Evocado Auditivo de Media Latência (MLR)

– Complementa a avaliação pelo P300, útil para prever limiar auditivo em casos especiais.

15. Avaliação Processamento Auditivo Central (PAC)

– Vários testes comportamentais que avaliam funções cerebrais importantes na compreensão da fala.

16. Emissões Otoacústicas Transientes e por Produto de Distorção p/Triagem

– Teste de função coclear, objetivo, muito usado para triagem auditiva.

17. Emissões Otoacústicas por Produto de Distorção para diagnóstico

– Teste de função coclear de forma objetiva em 30 frequências diferentes

18. Potencial Auditivo do Estado Estável (RAEE, ARSS, PAEE)

– Melhor teste para determinar eletrofisiologicamente limiares auditivos em várias frequências em bebês e pessoas difíceis de testar.

19. Potencial Auditivo do Tronco Encefálico para limiar (BERA-PEATE)

– Teste para determinar limiares auditivos ao click e algumas frequências.

20. Video Head Impulse Test (VHIT)

– Teste para avaliar todos os 06 canais semicirculares de forma independente de forma fisiológica e confortável.

21. Mismatch Negativity (MMN)

– Teste para avaliar a cognição em crianças que ainda não sabem contar.

Sugestão de pedidos de exames:
Vertigem e/ou desequilíbrio sem queixa de perda auditiva:

1,3,4,6,7,8,9
1,3,4,6,7,8,9,10, 11 e 19.

Vertigem e/ou desequilíbrio sem queixa de perda auditiva, mas com suspeita de problema neurológico:

1,3,4,6,7,8,9 , 10 e 19.

Surdez e /ou zumbido, unilateral ou assimétrico:

1,3,4,10 e 11

Dificuldade de escutar e/ou entender a fala:

1,3,5,12,13,14 e 15

Dificuldade de aprendizagem:

1,3,5,12,13,14 e 15

Suspeito de deficiência auditiva ou com distúrbios de desenvolvimento de linguagem:

10,16,17 e 18

Áreas de Audiologia e Labirintologia

– Audiometria Tonal e Vocal

– Audiometria Infantil

– Imitanciometria

– Vectoeletronistagmografia

– Exame dos Pares Cranianos

– Videonistagmoscopia infravermelha

– Emissões Otoacústicas Transientes na criança

– Emissões Otoacústicas por Produto de Distorção na criança

– Emissões Otoacústicas no adulto (por produto de distorção ou transientes)

– Exame do Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico (PEATE/ BERA)

– Eletrocócleografia

-Potencial Evocado Auditivo P300

-Avaliação do Processamento Auditivo Central

-Mismatch Negativity(MMN)

-Video Head Impulse Test (VHIT)

-Potencial Evocado Vestibular Miogênico Cervical (cVEMP)

-Potencial Evocado Vestibular Miogênico Ocular (0VEMP)

Avaliação áreas de Videoendoscopia em Otorrino

– Videotelelaringoscopia
– Videonasofibrolaringoscopia
– Videonasofibrolaringoscopia da deglutição
– Vídeotelerinoscopia
– Videotoscopia

– Audiometria Tonal e Vocal.

Objetivo do exame:
Medir a capacidade de perceber sons puros e sons de fala.
Como é feito:
Apresentando-se sons são através de fones e de um vibrador em contato com crânio. Quando o examinado percebe o som deve apertar um botão ou repetir a palavra que lhe é apresentada.
Requisitos para fazer o exame:
O examinado deve compreender o teste e responder adequadamente.
Comentário:
È um teste básico da audição, indicado para quem apresenta queixa de perda auditiva, zumbido ou tontura assim como para aqueles que necessitam de controles periódicos da audição por trabalharem em local com ruído ambiente ou para o controle da evolução e tratamento de doenças que afetam a audição.

– Audiometria Infantil.

Objetivo do exame:
Medir a capacidade de reagir a sons puros e sons de fala
Como é feito:
A criança é exposta a estímulos sonoros produzidos por brinquedos sonoros, sons da fala e sons puros sem emprego de fones. Observa-se a presença ou ausência de reações involuntárias (reflexos) imediatamente após a produção do estímulo sonoro.
Requisitos para fazer o exame: a criança deve estar acordada e calma.
Comentário:
O teste é bastante informativo quando a criança é normal sob aspecto neuropsicomotor, mas não detecta as perdas auditivas unilaterais e as de grau leve a moderado. Problemas neuropsicológicos podem simular uma perda auditiva.

– Imitanciometria.

Objetivo do exame:
Avaliar o funcionamento da orelha média.
Como é feito:
Através de um pequeno fone inserido no canal auditivo é possível obter informações sobre a pressão do ar contido atrás da membrana timpânica e sobre a mobilidade dos ossículos da orelha média.
Requisitos para fazer o exame:
O paciente deve ficar quieto e não falar durante teste.
Comentário:
È um teste que não depende da informação do paciente. É sempre realizado em conjunto com a audiometria tonal para confirmar se os resultados da mesma são coerentes e dignos de credibilidade. Também é usado para o controle de tratamento de otite média secretora e para avaliar o local lesado em casos de paralisia do nervo facial

– Vectoeletronistagmografia.

Objetivo do exame:
Avaliar o funcionamento do labirinto e das áreas neurológicas relacionadas.
Como é feito:
O paciente é colocado em uma cadeira reclinável que pode fazer movimentos rotatórios e pendulares com eletrodos (fios condutores da energia elétrica causada pelos movimentos oculares para o equipamento analisador) presos com fita adesiva na pele próxima aos olhos.
São produzidos vários tipos de movimentos oculares com estímulos visuais e labirínticos.
Requisitos para fazer o exame:
Paciente deve permanecer sentando, quieto e executar movimentos oculares quando solicitado. Não deve usar medicação depressora do labirinto, quando possível. Recomenda-se uma alimentação leve antes do exame, mas o jejum é desnecessário.
Comentário:
Esta avaliação vestibular (palavra derivada de vestíbulo, que é uma parte do labirinto, e que, neste caso, se refere a todas as estruturas relacionadas com o equilíbrio e que dependem do labirinto para funcionarem) e oculo-motora (pois as funções labirínticas são analisadas pelos movimentos oculares que provocam) tem por finalidade determinar qual o distúrbio funcional que está provocando tonturas acompanhadas de desequilíbrio e frequentemente de náuseas até vômitos.
Saber se o problema está no labirinto ou nas vias vestibulares neurológicas tem imensas repercussões na hora do tratamento.
O exame permite acompanhar a evolução do problema e muitas vezes tirar o rótulo de “labirintite” que muitas pessoas têm sem nunca ter tido um problema real do labirinto.
Ao contrário do que muita gente pensa o exame pode e deve ser feito o mais próximo possível de uma crise aguda de vertigem e até mesmo durante a crise aguda. A tontura que o paciente á está sentindo não vai ser agravada pelo exame e ele é muito mais decisivo e orientar condutas terapêuticas quando feitos fora da crise. O uso de medicamentos durante a avaliação do caso agudo não deve ser interrompida e não impede que o exame seja feito.
O diagnóstico preciso da disfunção labiríntica pode levar a um tratamento curativo, sem uso de medicamentos, das vertigens em 20 % das pessoas com menos de 50 anos de idade e em 40% dos que tem idade maior.
Muitas vezes o problema labiríntico é acompanhado de disfunções nítidas ou subclínicas da audição além disfunções nos pares cranianos adjacentes ao VIII por isso uma avaliação completa deve incluir a audiometria tonal e vocal, a imitanciometria e a videonistagmoscopia além da Vectoeletronistagmografia.

– Exame dos Pares Cranianos.

Objetivo do exame:
Avaliar a função dos nervos cranianos relacionados com o nervo auditivo.
Como é feito:
Observando a motricidade e a sensibilidade dos nervos III, IV, V, VII pares cranianos.
Requisitos para fazer o exame:
Nenhum.
Comentário:
È um teste clinico e que nos dá informações relevantes sobre estes nervos que podem estar ou não afetados pelas doenças que afetam o nervo auditivo (VIII par).

– Videonistagmoscopia infravermelha.

Objetivo do exame:
Determinar se existe litíase labiríntica e qual o canal (ou canais) semicircular estão comprometidos.
Como é feito:
O paciente fica sentado em uma maca e é deitado de uma forma rápida com a cabeça em diferentes posições. Os movimentos oculares do paciente são observados e gravados em DVD através de uma microcamera de vídeo acoplada em uma máscara colocada no rosto do paciente.
Requisitos para fazer o exame:
Nenhum.
Comentário:
Este exame permite estabelecer se existem otólitos (pequenos cristais que todos temos presos em uma membrana gelatinosa sensível a aceleração da gravidade) livres dentro dos canais semicirculares do labirinto. È possível determinar entre os 6 canais existentes qual (ou quais) está comprometido e assim planejar a manobra de reposicionamento otolítico mais apropriada.

– Potenciais Vestibulares Evocados Miogênicos Cervicais e Oculares ( cVEMP e oVEMP).

Objetivo do exame:
Determinar se o sáculo e o utrículo ( estruturas sensiveis as acelerações lineares e a força da gravidade, localizadas na orelha interna) estão funcionando adequadamente assim como os ramos inferior e superior do Nervo Vestibular, de forma independente.
Como é feito:
cVEMP: O paciente fica sentado com a cabeça virada com força para o lado contrario ao que está sendo testado. Mantem essa posição com vigor durante 10 segundos enquando o sáculo é estimulado por um som grave e forte repetido 50 vezes apresentado por um auricular de inserção do lado a ser testado. Eletrodos colocados sobre a pele do pescoço e da testa captam a atividade elétrica criada a partir desta estimulação nos musculos cervicais.

oVEMP: O paciente fica sentado e durante 10 segundos, enquanto escuta um som forte e grave repetido 50 vezes em 10 segundos, olha com força para o ponto mais alto que a vista alcançar, sem mexer a cabeça, apenas os olhos. Eletrodos colocados sobre a pele do rosto captam a a tividade elétrica dos musculos oculomotores gerada pela estimulação com som do utrículo e do nervo Vestibular Superior.
Requisitos para fazer o exame:
A pessoa tem que poder virar o pescoço ou fletir a cabeça com força durante 10 segundos, com vigor, de 8 a 12 vezes.
Comentário:
Este exame trouxe grandes avanços no diagnóstico dos problemas labirínticos, pois permitou testar de forma simples e eficiente o sáculo e o nervo vestibular inferior, através do cVEMP, e o Utrículo e Nervo Vestibular Superior, através do oVEMP, que eram ignorados pelos exames tradicionais.

– Video Head Impulse Test (VHIT).

Objetivo do exame:
Avaliuar o funcionamento dos 06 canais semicirculares ( estruturas presentes na orelha interna, também chamada de labirirnto, sensiveis as acelerações angulares) de forma individualizada e sem trazer desconforto ao paciente.
Como é feito:
O paciente fica sentado como o olhar fixo em um alvo na parede enquanto o examinador provoca movimentos abruptos de pequena amplitude na sua cabeça em diferentes sentidos e direções de acordo com o canal a ser examinado. Os olhos devem fazer um movimento exatamente contrário ao da cabeça. Isto é constatado através da filmagem com uma camara que grava 250 imagens por segundo colocada em um óculos que o paciente veste durante o teste.
Requisitos para fazer o exame:
Ter mobilidade normal no olho direito e capacidade de enxergar o alvo na parede.
Comentário:
Este exame permite estabelecer qual ou quais os canais semicirculares que apresentam disfunção… os exames tradicionais avaliavam apenas o par de canais semicirculares horizontais e com o VHIT é possivel avaliar também os dois pares verticais.

– Emissões Otoacústicas Transientes na criança.

Objetivo do exame:
Avaliar o funcionamento da orelha interna.
Como é feito:
Um aparelho estimula com um som breve, chamado de clique transiente, a orelha da criança através de um pequeno fone inserido no meato acústico externo.
Requisitos para fazer o exame:
Que a criança esteja quieta, de preferência dormindo.
Comentário:
Quando as Emissões Otoacústicas Transientes estão presentes pode-se afirmar que as orelhas média e interna estão normais.
Quando ausentes o resultado é inconclusivo, pois muitos motivos podem levar a ausência das Emissões Otoacústicas Transientes. Neste caso outros exames serão necessários para esclarecer o grau de capacidade auditiva.

-Emissões Otoacústicas por Produto de Distorção na criança.

Objetivo do exame:
Avaliar o funcionamento da orelha interna.
Como é feito:
Um aparelho estimula com uma combinação de sons puros a orelha da criança através de um pequeno fone inserido no meato acústico externo.
Requisitos para fazer o exame:
Que a criança esteja quieta, de preferência dormindo.
Comentário:
Quando as Emissões Otoacústicas por Produto de Distorção estão presentes pode-se afirmar que as orelhas média e interna estão normais ou alteradas em grau leve a moderado. Caso elas estejam presentes em uma criança que tem as Emissões Otoacústicas Transientes ausentes é muito provável que ela tenha uma perda auditiva leve a moderada por lesão parcial da orelha interna.
Quando ausentes o resultado é inconclusivo, pois muitos motivos podem levar a ausência das Emissões Otoacústicas. Neste caso outros exames serão necessários para esclarecer se existe mesmo perda auditiva, de que tipo e grau.

-Emissões Otoacústicas no adulto (por produto de distorção ou transientes).

Objetivo do exame:
Avaliar o funcionamento da orelha interna.
Como é feito:
Um aparelho estimula com uma combinação de sons puros a orelha através de um pequeno fone inserido no meato acústico externo.
Requisitos para fazer o exame:
Que o paciente esteja quieto e não fale durante o teste
Comentário:
Quando as Emissões Otoacústicas por Produto de Distorção estão presentes pode-se afirmar que as orelhas média e interna estão normais ou alteradas em grau leve a moderado.
Caso elas estejam presentes em que tem as Emissões Otoacústicas Transientes ausentes é muito provável que ela tenha uma perda auditiva leve a moderada por lesão parcial da orelha interna.
Essas alterações podem estar presentes mesmo em que tem a audiometria tonal normal caracterizando precocemente uma disfunção coclear que explica a origem de alguns tipos de queixas de zumbido com audição normal e antecipa o diagnóstico de perda auditiva em pacientes que estão em tratamento com drogas ototóxicas e em indivíduos expostos a ruído no ambiente de trabalho.
O exame das emissões otoacústicas serve também para detectar casos de indivíduos que simulam perda auditiva para obter benefícios financeiros ou emocionais e também para diagnóstico diferencial entre perdas auditivas causadas por lesão na cóclea e a causadas por lesão no nervo auditivo ou tronco encefálico.

– Exame do Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico (PEATE sigla em português ou BERA sigla em inglês para Brainstem Electric Responses Audiometry como é mais conhecido) para diagnóstico da surdez na criança e no adulto.

Objetivo do exame:
A – Determinar se existe ou não perda auditiva, de que tipo e em que grau, de forma independente da vontade do examinado.
B – Determinar se uma perda auditiva detectada na audiometria tonal é decorrente de uma lesão na cóclea, no nervo auditivo ou no tronco encefálico.
C – Determinar se existe integridade funcional na vias auditivas do tronco encefálico ou não.
Como é feito:
A pele atrás das orelhas e na testa é limpa com pasta abrasiva e eletrodos são fixados com fita adesiva nestes locais.
O examinado recebe um estímulo sonoro através de fones.
Sempre que o nervo auditivo e estruturas do tronco encefálico forem ativados pelo estímulo sonoro é gerada uma quantidade mínima de eletricidade que é captada pelos eletrodos, registrada no equipamento e interpretada pelo examinador.
Requisitos para fazer o exame:
O paciente adulto deve estar imóvel e o mais relaxado possível sendo incentivado a dormir (o exame leva pelo menos 30 minutos…).
A criança deve estar dormindo em sono natural ou induzido por medicamentos, pois qualquer movimento “contamina” a resposta elétrica inviabilizando sua interpretação.
Comentário:
Este exame é indicado sempre que se suspeite de perda auditiva na criança de qualquer idade, quando se quer determinar se a perda auditiva é decorrente de lesão na cóclea ou no nervo auditivo, pois em cada caso a conduta diagnóstica e terapêutica é completamente diversa. Pode ser empregado também quando se suspeita que um adulto possa estar simulando uma perda auditiva.

– Eletrocócleografia.

Objetivo do exame:
Avaliar o funcionamento da orelha interna e do nervo auditivo.
Avaliar se há índicos de hipertensão dos líquidos labirínticos (cóclea)
Complementar o exame do PEATE BERA
Como é feito:
Um aparelho estimula com um som breve, chamado de clique, a orelha do examinado através de um fone inserido no meato acústico externo.
A atividade elétrica da cóclea e nervo auditivo é captada por um eletrodo envolvido em um tufo de algodão embebido em uma pasta eletrolítica colocadoencostado na membrana timpânica
Requisitos para fazer o exame:
Que o paciente fique móvel e o mais relaxado possível durante o exame que dura menos tempo que o PEATE ( 10 a 15 minutos).
Comentário:
A grande indicação deste exame é para investigar os casos suspeitos de apresentar doença de Meniere ou de outras causas de hidropsia endolinfática (hipertensão dos líquidos labirínticos) que costuma a se manifestar por crises de vertigem acompanhadas muitas vezes perda auditiva e pressão no(s) ouvido(s).
É muito útil para determinar a onda referente ao nervo auditivo que, nos casos de perda auditiva, pode estar ausente no exame do PEATE dificultando a sua interpretação.
Nas perdas auditivas unilaterais a indicação da combinação dos dois exames é muito interessante uma vez que podem ser feitos de forma simultânea e se complementam.

– Exame do Potencial Evocado Auditivo P300.

Objetivo do exame:
Avaliar a função das áreas relacionadas com a cognição, memória e atenção auditivas.
Como é feito:
O mesmo procedimento de colocação de eletrodos descrito para o PEATE / BERA é empregado.
O examinado deve ficar acordado e atento a um determinado tipo de som que aparece ocasionalmente e contar quantas vezes ele apareceu. O equipamento registra a atividade bioelétrica gerada quando o examinado conta os estímulos sonoros e o examinador interpreta se ela está dentro dos padrões normais ou não.
Requisitos para fazer o exame:
O examinado deve ter capacidade de contar os estímulos ou de fazer alguma outra tarefa mais simples sempre que ouvir o estímulo sonoro.
Comentário:
È um teste que fornece informações sobre o funcionamento eletrofisiológico da área auditiva cerebral em escolares com distúrbio de aprendizagem. Usado para classificar e graduar o distúrbio e também para acompanhar a evolução do tratamento.
Outra aplicação é na investigação das áreas cerebrais relacionadas com a compreensão da fala que pode estar comprometida naquelas pessoas, especialmente os idosos, que têm dificuldade em entender o que lhes falam apesar de escutarem bem.
Na área da neurologia tem aplicação no estudo da demência com finalidade diagnóstica e de acompanhamento do tratamento.

– Avaliação do Processamento Auditivo Central.

Objetivo do exame:
Avaliar a função das áreas relacionadas com a cognição, memória e atenção auditivas.
Como é feito:
Através de um conjunto de testes em que a fala é apresentada e situações de difícil escuta o que permite estimar, por exemplo, a capacidade de repetir palavras apresentadas concomitantemente com ruído, palavras em que parte delas é apresentada em uma orelha e parte na outra e outras funções avaliadas.
Requisitos para fazer o exame:
O examinado deve ter capacidade de compreender e responder aos testes.
Comentário:
As aplicações deste teste se confundem coma as do P300 e sempre que for possível os dois exames são realizados, pois se complementam.

– Videotelelaringoscopia

Objetivo do exame:
Avaliar a laringe e hipofaringe.
Como é feito:
O examinador segura a língua do paciente e coloca, pela boca, o telescópio rígido acoplado à câmara de vídeo. Filmam-se os movimentos das pregas vocais e estruturas adjacentes enquanto o examinado emite o som da letra “É” e “I”.
Requisitos para fazer o exame:
O examinado deve compreender o teste e emitir os sons mencionados acima.
O exame só é possível em pessoas cooperativas (adultos e crianças com mais de 07 anos de idade).
Não é necessário qualquer tipo de preparo, o exame é feito sem sedação e dura poucos minutos.
Comentário:
É um exame indispensável na avaliação de pessoas com rouquidão que dure mais de 3 semanas.
É útil no controle da evolução de tratamentos relativos à voz como a fonoterapia e a cirurgia da laringe.
Em algumas pessoas o procedimento provoca náuseas que dificultam a sua realização.

– Videonasofibrolaringoscopia

Objetivo do exame:
Avaliar as fossas nasais, o rinofaringe, o palato mole, a laringe e hipofaringe.
Como é feito:
O examinador introduz o nasofibrolaringoscópio flexível de 3,2 mm de diâmetro acoplado à câmara de vídeo pela fossa nasal. Filmam-se o interior das fossas nasais, a rinofaringe, o tecido adenoidiano, os orifícios faríngeos das tubas auditivas, os movimentos do palato mole durante a fonação, respiração, sopro e deglutição, os movimentos das pregas vocais e estruturas adjacentes enquanto o examinado emite o som da letra “É” e “I” e também fala encadeada.
Requisitos para fazer o exame:
Nenhum.
O exame pode ser feito em qualquer idade, mesmo em recém nascidos.
Comentário:
É um exame indispensável na avaliação de pessoas com rouquidão que dure mais de 3 semanas e que tenham algum impedimento para fazer o exame anterior (crianças pequenas e adultas com náusea excessiva).
É útil na monitorização de tratamentos relativos à voz como a fonoterapia e a cirurgia da laringe quando a telescopia não e possível.
Indicado para avaliar a obstrução nasal e o estridor respiratório em bebes e crianças.

– Videonasofibrolaringoscopia da deglutição

Objetivo do exame:
Avaliar as fossas nasais, o rinofaringe, o palato mole, a laringe e hipofaringe de pessoas com dificuldades na deglutição.
Como é feito:
O examinador introduz o nasofibrolaringoscópio flexível de 4 mm de diâmetro acoplado à câmara de vídeo pela fossa nasal. Filmam-se o interior das fossas nasais, a rinofaringe, o tecido adenoidiano, os orifícios faríngeos das tubas auditivas, os movimentos do palato mole durante a fonação, respiração, sopro e deglutição, os movimentos das pregas vocais e estruturas adjacentes enquanto o examinado emite o som da letra “É” e “I” e também fala encadeada.
Num segundo momento o examinador oferece substancias de diferentes consistências para o examinado deglutir observando se a deglutição é normal, se ficam resíduos retidos e principalmente se a substancia é aspirada para a laringe ao invés de ser deglutida. Quando isso ocorre a possibilidade do paciente vir a apresentar pneumonias por aspiração de alimentos é muito alta e vias alternativas de alimentação devem ser empregadas ou mantidas.

Requisitos para fazer o exame:
Nenhum.
O exame pode ser feito em qualquer idade, mesmo em recém nascidos.
No caso de pacientes em se recuperando de acidentes vasculares cerebrais deve ser escolhido um momento em que o paciente um nível de consciência adequado.
Comentário:
É um exame indispensável na avaliação de pessoas com engasgos e pneumonias de repetição de diversas causas. Serve tanto para o diagnóstico da gravidade da disfagia como para o controle da sua evolução.
É possível fazer o exame no leito hospitalar ou mesmo na casa do paciente.

– Videotelerinoscopia

Objetivo do exame:
Avaliar as fossas nasais e o rinofaringe.
Como é feito:
O examinador introduz o telescópio rígido de 4 mm de diâmetro acoplado à câmara de vídeo pela fossa nasal. Filmam-se o interior das fossas nasais e a rinofaringe. Observa-se a morfologia do septo nasal, dos cornetos nasais, o tecido adenoidiano, os orifícios faríngeos das tubas auditivas, e procura-se por pólipos e tumores que possam estar presentes.
Requisitos para fazer o exame:
O exame só pode ser feito em indivíduos com mis de 12 anos de idade que cooperem evitando movimentos bruscos durante o exame.
Comentário:
É um exame indispensável na avaliação de pessoas com coriza persistente, sangramento e obstrução nasal.

– Videotoscopia

Objetivo do exame:
Documentar a patologia da membrana timpânica.
Como é feito:
O examinador introduz o telescópio rígido de 4 mm de diâmetro acoplado à câmara de vídeo pelo meato acústico externo. Filmam-se a pele do meato acústico externo e a membrana timpânica.
Requisitos para fazer o exame:
O exame só pode ser feito em indivíduos com mis de 12 anos de idade que cooperem evitando movimentos bruscos durante o exame.
Comentário:
É um exame útil para documentação de patologias que afetam o meato acústico externo e a membrana timpânica.